Jornal de Saúde informa: Crônica: Caso ou descaso da menina Bárbara Vitória da PM e PC e até Ministério Púbico, é contumaz
Este caso foi tão aterrador que os vizinhos da família de Bárbara fizeram Manifestação Popular com balões de gás, no campo de futebol, perto de onde o corpinho da menina Bárbara Vitória foi encontrado tragicamente machucado, com corda no pescoço e sem o short e com a camiseta do Atlético Mineiro.
A Polícia Civil, científica e inteligente, investigativa podia ter traçado um paralelo de tudo que conseguiram colher, entre imagens e testemunhas, e até, sem suplantar o Direito e a Lei, onde há prazos estipulados para exames de Corpo de Delito, necropsia e outros, mas em determinados casos, é preciso, maior agilidade e montar sim, uma história, enredo de possibilidades, ficcionais, mesmo, até que a verdade seja revelada.
No Brasil, no geral, a resolução de crimes, assassinatos é muito ruim, a média está entre 45%, nas metrópoles, mais organizadas e isso quer dizer menos brutalidade, armamento e viaturas potentes e mais investigação, aparelhos, autorizações ou liminares de juiz ou Ministério Público para executar planos de sucesso, não operações letais, que executam tanto cidadão de bem quanto bandidos e outros que não tinham nada a ver com o assunto. Como os jornalistas, ou as mídias, como acusam os políticos desde Lula a Bolsonaro, a pedra está escondida nas mãos para ser atirada na imprensa ou, atualmente, a mídia, que gosta e precisa de sangue, de tragédia - tipo o teatro grego, quanto mais, trágica, melhor vende mais jornal, e a audiência aumenta a assistência e essa traz patrocinadores, será que essa lógica funciona e para sempre, ou é mera ilusão, e retórica marquetológica?
A história e "estória" porque não é a verdade exata e sim uma ficção, é que a menina Bárbara saiu de casa para comprar pão, por volta das 17h20 e não mais retornou do trajeto de mais de 300 m de sua casa. Só que o serviço de câmeras, ai começa a crítica à Anatel, primeiramente, que exige de empresas a Outorga de SCM-Sistema de Comunicação Multimídia, em processo caro e moroso, onde somente essas empresas podem sob a pressão da Lei instalar, publicamente câmeras, bem como a sua manutenção. Essas câmeras instaladas, são instaladas por qualquer pessoa, vendedor de celulares, eletro-eletrônicos, eletricista. Todos sem noção e autorização legal, incorrem em crime, mas como não há qualquer fiscalização, existem adulterações e até montagem, se fossem
autorizadas, credenciadas, não traria a confusão que trouxe para o inquérito em termos de hora que a menina Bárbara transitou entre a padaria e a esquina onde encontra um homem, até então, desconhecido e noutra câmera, aparecia como se estivesse correndo para pegar ônibus, e estes são outras pessoas.
O fato, maior que começa a se evidenciar depois que a polícia, acha o corpo de Bárbara Vitória, jogado ao relendo, em um campo de futebol de várzea em Ribeirão das Neves, ela que mora no bairro Mantiqueira, ou seja, quase 1 km de distância. E, encontrado por estudante que começou logo pela manhã a procurar pela garota desaparecida. Tudo estranho, esse seria o trabalho da PM, que não o fez completo na noite anterior e alegaram, o Comandante da Operação, que não tinham material específico para adentrar no mato, ralo e fácil de andar, porque a estudante adentrou e encontrou, viu o corpo e começou a gritar para chamar mais pessoas.
A PM podia e deveria ter chamado outra unidade, Florestal, Corpo de Bombeiros, porque poderia estar com a hipótese de que já estariam atrás de um corpo. Um leigo pensaria como a polícia, ela deve estar na casa de alguém, pode ter havido uma briga familiar e ela amanhã volta. A ronda mal feita, tirou a oportunidade de represália ao autor do terrível homicídio de Bárbara Vitória, essa pessoa acuada, perseguida, poderia por optar em soltar a menina se ainda estivesse viva. E, ainda perdeu a certeza de que no dia, na hora em que ocorria, talvez a tragédia, o corpinho da menina, ainda não tinha sido desovado, como usa-se, no jargão policial, para descarte de cadáver de bandido, desafetos ou chacina de justiceiros.
Mas, o que mais depreciou a investigação e auxiliou ao mesmo tempo foram as câmeras que, parece, se espalhou como semente e frutificou, nas periferias e centros dos municípios. Não é mais ficção que estamos sendo filmados a todo tempo, em quase todos os lugares. Temos até notícias de que cidadãos, até então, do bem, colocam câmeras no banheiro para filmar as mulheres, em certo shopping em Belo Horizonte fizeram isso, em clubes, academias. A coisa virou palhaçada, por falta de regulamentação adequada e penalização adequada.
As filmagens esclareceram a investigação da Policia Civil, mas não ao ponto de convencer o Ministério Público, que deveria sim ter retido, o principal suspeito, ou sob custódia ou sob proteção policial. Nada foi feito, através das gravações foi possível reconhecer um homem.
Agora, de volta ao passado recente, segundo depoimentos, de outrens, este homem foi conduzido à Delegacia e lá desmentiu tudo quanto a Polícia afirmava e a s imagens revelavam. Não era ele, não conhecia Bárbara Vitória.
Havia, na verdade, há dez dias atrás, em torno disso, trabalhado na casa de Bárbara Vitória, para seus pais, e consertou a parte elétrica da casinha, simples e humildade da família. Portanto, tempo suficiente para conhecer hábitos, ouvir conversar familiares e até mesmo fazer amizade com todos. Com criança ou pré-adolescente, a amizade é mais estreita, mesmo assim, ele era conhecido e como adulto, possivelmente estava no dia em Bárbara foi à padaria comprar pães, que era sua tarefa diária, com dinheiro ou sem dinheiro ela ia buscar o pão para o café dos irmãos, da família.
Onde ele encontra, talvez premeditadamente, com Bárbara e a leva, a convence com algum argumento que pode ter sido algo em torno de dar para ela alguma coisa, ferramenta ou algo que faltou na instalação e que pertencia ao seu pai. Ela o acompanha e o aguarda ir em sua casa pegar, buscar o referido objeto ou qualquer coisa que possam ter combinado.
Ele retorna, fala alguma coisa com ela, que o acompanha, ela na calçada e ele do outro lado, anda na rua, apressado. As imagens, cessam. Deste local em diante começa o final de Bárbara. Não se sabe, se este homem, a levou para outro local, supostamente na ilusão de que lá pegaria o referido objeto, ou, um presente e neste local, ele ou outra pessoa cometeram o ato de estupro e como ela reagiu, lutou para não ser deflorada, na marra, na violência, eles a esganaram, depois a enforcaram e depois jogaram no campinho, mais tarde, ou, logo depois do ato nefasto.
Tudo isso, são conjecturas, hipóteses que podem serem destruídas, ainda falta a perícia técnica nas imagens, feitas parcialmente pela imprensa e já com vários defeitos, inclusive o de horário. Como ainda, o exame do cadáver de Bárbara Vitória, para analisar a causa da morte, se ela foi violentada sexualmente, e até mesmo o horário, que o cadáver foi jogado nesse mato, ao lado do campo de futebol. Nada fácil, mas é racional, científico e necessário.
O suspeito, foi ouvido pela polícia e seu filho, o desmentiu frente a frente, com o delegado e disse que ele não podia mentir que era ele e que não conhecia Bárbara Vitória. Então ele conhecia, ele admitiu, ou seja, se desmentiu, e afirmou e sua afirmação bastou ao delegado e ao Ministério Público, isso parece que requer ao menos a leitura prévia de juiz, deste depoimento, para libertar o suspeito, ele simplesmente disse: "Não fiz nada com ela.". Bom se ele não fez nada, quem fez então, há um segundo, ou, terceiro autor e ele não diz onde ele a deixou e para onde ele foi.
Segundo, relatos, depois de depor na delegacia perante o escrivão e delegado e Ministério Público, a compreensão é a de que em casos graves como este, o Ministério Público já está na Delegacia, um juiz também e as oitivas devem ser apreciadas de tripartite, não cabe apenas a Polícia Civil, conduzir sozinha casos graves, que agravam a sociedade e paralisa o país, principalmente, porque este caso remete ao feminicídio, agora infantil, ao estrpro de vulnerável, ao crime covarde, fútil e sem dar direito para a vítima se defender.
Este suspeito, inocente, segundo suas alegações, sai da Delegacia, e desde o dia de seu depoimento, ele não retorna para sua casa, de alguns quarteirões da casa de Bárbara, já morta, assassinada brutalmente, encontrada jogada como objeto qualquer, descartada no mato. Sem qualquer piedade, remorso, arrependimento.
A notícia veiculada foi a de que ele liberado não fôra para casa, ora, porque ele não foi para casa. A dúvida, a polícia o liberou para o investigar? Ele foi para uma casa onde ele tenha proteção, porque ele foi, praticamente, a última pessoa conhecida de Bárbara, que ela teve contato, antes de ser achada pela manhã morta. Não, nada disso, parece que ocorreu, simplesmente ele foi liberado e decidiu, talvez, sob conselhos de advogado, que ele deve ter acionado advogado no dia da audiência, assim funciona, e não foi à custódia, porque, não teve flagrante, mas a gravação e a mentira, são agravantes fundamentais, houve algum tipo de acordo? Ou a história já estava a ser desvendada pela Polícia Civil, que a escondeu de todos, da famigerada mídia, imprensa que gosta de sangue, de tragédia?
O fato, maior ocorre, na tarde de 03/08/22, entre 15 às 16 horas começam os jornais digitais e as TVs a noticiar que no bairro Cachoeirinha foi encontrado o corpo de suspeito do Caso ou Descaso Bárbara Vitória. E, daí todos sabem do desfecho, da história que coincide com o que acontece muito nas penitenciárias com estuprador, os próprios detentos, fazem a justiça de "linchamento", executam estes tipos de presos, e estes, geralmente vão para o "Seguro" espécie de celas separadas dos demais detentos e seu regime de saída para banho de sol e outros atendimentos, é totalmente, diferente, para garantir sua vida, que é reponsabilidade do Estado, desde que preso, julgado e sentenciado.
A argumentação da Polícia Civil, que não se pronunciou oficialmente, não concedeu entrevista e somente declarações oficiais, às quais indicaram que o suspeito havia cometido suicídio, na casa de sua tia, onde havia chegado à noite e pediu para fazer a barba e descansar e pela manhã não levantou cedo e tampouco tomou café. Quando ela voltou a tarde, e adentrou em seu quarto e o encontrou morto.
O desfecho de toda essa trágica história ou estória, somente daqui uns 15 dias ou mais, se não colocarem tudo, em segredo de justiça, e até conseguir, sem ironia, os exemplos e orientações do Executivo Nacional faz isso, os processos são colocados em segredo de justiça por 10 anos a 100 anos. Então, como é que a mídia sangrenta vai sobreviver até lá e a sociedade que vai ficar refém destes crimes, onde não resolvem os assassinatos, onde o autor do crime por ser famoso, ter dinheiro, influência ou ser promotor, sequer vai preso?
E, o Ministério Público, que não pune falhas ou exageros da Polícia Militar, da Polícia Civil, que pode pecar por excesso, mas não pode ser punida por omissão. Não promove os processos que antes era céleres dentro das próprias policias, como a PM e a PC, mas atualmente, dado o recrudescimento do crime a a desorganização da economia nacional, estadual e agora pela Pandemia, mundial, é a força e o livre arbítrio que funciona, todos armados e não amados, todos possuem razão até que se puxe a arma e deite bala para todos os lados e pronto.
A polícia pode fazer prisão arbitrária, prender inocente, pegar dinheiro de bandidinho de biqueira de drogas, armas, dar role para assustar e tira proveito financeiro. Enfim, parece que o Ministério Público está falhando ou fez, espécie de acordo com a justiça bruta, caótica que o povão bate palma, e fala com orgulho a Polícia Mineira, é fogo e outros adjetivos.
Marcelo dos Santos - jornalista - MTb 16.539 - SP/SP
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